IGREJA CORPORATIVA: A VIABILIDADE

Não estranhe a idéia de uma "Igreja Corporativa”. Caso o termo não lhe seja familiar, eis a definição de Igreja Corporativa, segundo PETER WAGNER, fundador e presidente do Global Harvest Ministries [ministério colheita global] e autor do livro “Os cristãos no Ambiente de Trabalho” (Editora Vida, 2007): "Igrejas corporativas, ou igrejas no ambientes de trabalho, são formadas por grupos de cristãos que trabalham na mesma organização e estabelecem uma forma de igreja em seu ambiente de trabalho. Os empregados, juntamente com suas famílias, encontram-se ali, adoram, compartilham a palavra de Deus, têm comunhão uns com os outros, recebem aconselhamento, dizimam, celebram a ceia e fazem tudo mais que se espera de uma igreja. Para a maioria deles, essa é a única igreja à qual estão afiliados." (Peter Wagner - itálico nosso).

Você já ouviu argumentos do tipo: "O cristianismo precisa passar da teoria para a prática!", "As igreja tradicionais não têm o foco no mundo real!”, "Precisamos alargar as fronteiras da igreja local e fazer discípulos em todos os lugares!”. Iniciando pela última das questões, vale mencionar que a ordem de Jesus é: “‘Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas’ (Mc 16.15, grifo nosso). O processo descrito por Jesus é definitivamente centrífugo e expansivo. O mundo todo, a totalidade da criação, deve ser o foco da missão que nos foi confiada, e não apenas o recinto da igreja ou a reunião dos cristãos” (Ed Silvoso).

A Igreja Corporativa é uma estratégia missionária para transformar aquela unidade empresarial em uma agência missionária salvando almas e transformando a sociedade para que reflita os valores e o estilo de vida do reino de Deus.

A Igreja Corporativa tende a ser reativa, descentralizada, buscando atingir um grande território, com uma razoável variedade de programas "abertos", nem sempre voltados para a solução de problemas “espirituais".

A Igreja Corporativa centraliza as estratégias de evangelização para cada "corporação" dentro do seu código de conduta específico, utilizando o ensino bíblico como instrumento de massa crítica, reduzindo desvios morais, redefinindo padrões éticos de sucesso nos negócios.

Seguem algumas perguntas que ajudarão num eventual estudo de viabilidade da implantação ou não da Igreja Corporativa em sua empresa: Sua empresa tem um número mínimo de cristãos? O número de empregados é superior a 50? Você empresário ou líder, se dispõe, pessoalmente, a ser o pastor dessa igreja? Está disposto a dedicar tempo e oração na implantação da igreja? Quer investir financeiramente na sua manutenção? Se sua empresa não atende esses requisitos básicos a alternativa talvez seja criar uma igreja para 4 ou 5 empresas.

Outras questões: A idéia de ter também no campo de atuação da igreja os clientes, fornecedores e a comunidade, lhe parece interessante? Está nos seus planos utilizar a identidade cristã como instrumento de marketing, melhoria de imagem de sua empresa? Sua idéia é revolucionar os métodos de fazer negócio à luz da Bíblia? Há interesse em que programas de treinamentos cristãos sejam implantados em sua empresa? A divisão de lucros com os empregados é uma das suas metas empresariais? As políticas de RH da empresa estão orientadas para estimular o fluxo do capital intelectual e espiritual dos seus colaboradores?

Voltamos a lembrar que as perguntas anteriores constituem meros referenciais para o processo decisório na adoção ou não da idéia de uma Igreja Corporativa.

Essa será a principal garantia do êxito dessa nova abordagem de cristianismo e evangelismo. As pesquisas mostram que se acontecer, são grandes as possibilidades da "igreja dar certo".

Fonte:
1. Peter Wagner. Os cristãos no ambiente de trabalho. São paulo: Editora Vida, 2007, p.117.
2. Ed Silvoso citado por Peter Wagner. Idem, p. 135.

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